Por Mark Robinson
“O Messias está morto!”
“O Messias está morto!”
À medida que a palavra se espalhava pela comunidade, a negação era suprema na mente dos crentes. “Não pode ser! Ontem mesmo estávamos lhe saudando dizendo: ‘Vida longa ao nosso mestre, nosso professor, nosso rabi, o rei messias para sempre e sempre’”. Entretanto, quando as notícias se tornaram realidade isso trouxe angústia, devastação e desilusão.
Alguns dos seus seguidores insistiram que ele ressuscitaria dentre os mortos, e durante semanas eles mantiveram uma vigília no local do túmulo esperando a ressurreição do seu Messias. Até cinco anos depois da sua morte, um grupo dos seus seguidores aguardava pacientemente pela sua volta.
Quem era aquele indivíduo que muitos ainda defendiam fervorosamente como sendo “a esperança de Israel?” Ele foi reverenciado como líder do movimento Chabad Lubavitch: Menacham Mendel Schneerson. Nasceu em 1902 e morreu em 12 de junho de 1994, aos 92 anos, deixando um vazio na vida de muitos de seus seguidores que nunca mais pode ser preenchido.
A história de Israel é manchada com “Messias” que deixaram seus seguidores abandonados e desiludidos. Um deles foi Shimon Bar Kochba que liderou uma revolta malsucedida contra Roma entre 132-135 A.D. e morreu na batalha de Betar. Ele foi aclamado como o Messias pelo Rabi Akiba, o principal rabi daquela época. Outro homem, David Alroy, proclamaram aos judeus da Babilônia que ele era o Messias em 1147 A.D., mas ele foi assassinado pouco depois por seu sogro. Shabbetai Zvi, nascido em Esmirna, Turquia, conseguiu milhares de seguidores por toda a Europa, em 1665. Ele acabou preso pelo sultão turco, convertido ao islamismo, e morreu em exílio em 1676. Estes e muitos outros juntam-se a Rebbe, Menachem Schneerson, como esperanças messiânicas fracassadas. Tais falsos messias são indicativos da necessidade de uma análise cuidadosa de qualquer pessoa que reivindique ser o Messias.
Séculos depois de ser enganada, Israel precisa verdadeiramente de uma voz de autoridade para falar sobre o assunto. Ainda mais, todos necessitamos de uma fonte impecável por meio da qual possamos provar as alegações do homem que afirmar ser o Messias. Deus nos deu essa fonte na Sua Palavra. A Bíblia judaica contém várias profecias que nos permitem determinar isso.
Reconhecendo o Messias
O tempo específico da chegada do Messias é um fator principal em Sua identificação. A Bíblia revela não apenas o momento de Sua vinda, mas também como Ele seria reconhecido. Por exemplo:
- O Messias viria antes de 70 A.D.
“Depois das sessenta e duas semanas, o Ungido será morto, e já não haverá lugar para ele. A cidade e o lugar santo serão destruídos…” (Dn 9.26).
O profeta hebreu Daniel predisse com extrema precisão nos versículos 24-27, o tempo da vinda do Messias. Ele afirmou que a cidade de Jerusalém e o Templo seriam reconstruídos, e o Messias viria durante esse mesmo período – o período do SEGUNDO Templo. É interessante que sua profecia também nos disse que o segundo Templo seria destruído após a vinda do Messias, pelo “povo do governante”. Isso aconteceu em 70 A.D., quando o general Tito, o filho do governador romano Vespasiano, conduziu seu povo (os exércitos romanos) na destruição de Jerusalém e do Templo.
Entre as várias referências judaicas com relação ao Messias no primeiro século, um rabi tinha o seguinte a relatar:
“O primeiro século, entretanto, especialmente a geração antes da destruição [do Templo e a cidade de Jerusalém], testemunhou uma explosão notável de emocionalismo messiânico. Conforme veremos, isso não deve ser atribuído a uma intensificação da perseguição romana, mas à crença prevalecente induzida pela cronologia popular daquele dia de que… o Messias era aguardado por volta do segundo quarto do primeiro século da Era Comum…”1
Fica claro que o Messias deveria vir antes de 70 A.D.
- O profeta Miquéias nos contou o lugar do Seu nascimento.
“Mas tu, Belém-Efrata, embora sejas pequena entre os clãs de Judá, de ti virá para mim aquele que será o governante sobre Israel. Suas origens estão no passado distante, em tempos antigos” (Mq 5.2).
Os escritos antigos concordam que este versículo fala sobre o nascimento do Messias acontecendo em Belém. O Targum Jonathan, uma paráfrase Aramaica das Escrituras datada aproximadamente do segundo século da Era Comum, diz:
“E você, Belém-Efrata, tu que que eras muito pequena para ser contada entre as milhares da casa de Judá, de ti virá o Messias, para exercer domínio sobre Israel, e cujo nome foi mencionado desde a antiguidade, desde os dias da criação”.
- Isaías nos contou como seria Seu nascimento.
“Por isso o Senhor mesmo lhes dará um sinal: a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel” (Is 7.14).
O Messias nasceria de uma virgem. O termo hebraico uado aqui para virgem é almah. Almah é usado sete vezes na Bíblia judaica (Gn 24.43; Ex 2.8; Sl 68.25; Pv 30.19; Ct 1.3; 6.8; Is 7.14) e sempre se referem a jovens mulheres que são virgens. Even Rashi, o estudioso francês do Talmud altamente reverenciado do século treze, acreditava que este versículo indicava um nascimento virginal. Ele disse: “Eis a ‘Almah’ que conceberá e dará à luz um filho que se chamará Emanuel. Isso significa que o nosso Criador estará conosco. E este é o sinal: aquela que conceberá é uma jovem que jamais teve um intercurso com qualquer homem. Sobre essa o Espírito Santo exercitará o seu poder”2
- O Messias entraria em Jerusalém montado num jumento.
“Alegre-se muito, cidade de Sião! Exulte, Jerusalém! Eis que o seu rei vem a você, justo e vitorioso, humilde e montado num jumento, um jumentinho, cria de jumenta” (Zc 9.9).
- O Messias seria rejeitado e desprezado.
“Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de tristeza e familiarizado com o sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima” (Is 53.3)
Essa não foi a recepção esperada do Messias, mas a recepção bíblica.
- O Messias sofreria em nosso favor.
“Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido. Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados” (Is 53.4-5).
Foi por causa do nossos pecados (transgressões) que o Messias foi morto por Deus, e por meio da punição (castigo) dada ao Messias, nós somos perdoados.
- O Messias morreria pelo nosso pecado.
“Com julgamento opressivo ele foi levado. E quem pode falar dos seus descendentes? Pois ele foi eliminado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo ele foi golpeado” (Is 53.8)
Ser “eliminado da terra dos viventes” significa ser morto. “Por causa da transgressão do meu povo” significa que ele morreu pelos nossos pecados (transgressões).
- O Messias morreria por meio da crucificação.
“Cães me rodearam! Um bando de homens maus me cercou! Perfuraram minhas mãos e meus pés” (Sl 22.16).
A crucificação não foi introduzida pelos romanos até após mil anos após que esta profecia foi proferida. Todavia, “Perfuraram minhas mãos e meus pés”, descreve a crucificação.
- O Messias seria sepultado no sepulcro de um homem rico.
“Foi-lhe dado um túmulo com os ímpios, e com os ricos em sua morte, embora não tivesse cometido qualquer violência nem houvesse qualquer mentira em sua boca” (Is 53.9).
- O Messias ressuscitaria – ressurgiria dentre os mortos.
“Contudo foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer, e, embora o Senhor faça da vida dele uma oferta pela culpa, ele verá sua prole e prolongará seus dias, e a vontade do Senhor prosperará em sua mão” (Is 53.10).
“[Prolongar] seus dias” após a morte e o sepultamento significa que Ele ressuscitaria dentre os mortos.
Na realidade, o capítulo cinquenta e três inteiro de Isaías é um relato detalhado da vida do Messias. A respeito desse capítulo, o Rabi Moshe Kohen ibn Crispin, de Córdoba e depois de Toledo, Espanha (século 14), disse:
“Aqueles que, por razões controversas, aplicam a profecia do servo sofredor a Israel acham impossível compreender o verdadeiro significado desta profecia, tendo abandonado o conhecimento de nossos mestres, e inclinado em favor da teimosia de suas próprias opiniões. A interpretação equivocada deles distorce a passagem em relação a seu significado natural, pois ela foi dada por Deus como uma descrição do Messias, pelo meio da qual, quando qualquer pessoa alegar ser o Messias, deve-se julgar por semelhança ou não se ali está ou não o Messias”3
O que você acha?
Há, literalmente, centenas de profecias acerca do Messias prometido de Israel. Nós olhamos apenas para algumas poucas. Para alguém imparcial, só pode haver uma única pessoa em toda a história que cumpre os requisitos messiânicos.
Ele veio antes de 70 A.D. e nasceu em Belém.
“Depois que Jesus nasceu em Belém da Judéia, nos dias do rei Herodes, magos vindos do Oriente chegaram a Jerusalém” (Mt 2.1)
Nasceu de uma virgem.
“Foi assim o nascimento de Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, mas, antes que se unissem, achou-se grávida pelo Espírito Santo… Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta: ‘A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe chamarão “Emanuel” que significa “Deus conosco”’” (Mt 1.18, 22-23)
Entrou em Jerusalém montado num jumento.
“Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, dizendo-lhes: ‘Vão ao povoado que está adiante de vocês; logo encontrarão uma jumenta amarrada, com um jumentinho ao lado. Desamarrem-nos e tragam-nos para mim. Se alguém lhes perguntar algo, digam-lhe que o Senhor precisa deles e logo os enviará de volta’. Isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta: ‘Digam à cidade de Sião: “Eis que o seu rei vem a você, humilde e montado num jumento, num jumentinho, cria de jumenta”’. Os discípulos foram e fizeram o que Jesus tinha ordenado. Trouxeram a jumenta e o jumentinho, colocaram sobre eles os seus mantos, e sobre estes Jesus montou. Uma grande multidão estendeu seus mantos pelo caminho, outros cortavam ramos de árvores e os espalhavam pelo caminho. A multidão que ia adiante dele e os que o seguiam gritavam: ‘Hosana ao Filho de Davi! Bendito é o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!’ Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade ficou agitada e perguntava: ‘Quem é este?’ A multidão respondia: ‘Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia’” (Mt 21.1-11)
Foi desprezado e rejeitado.
“Veio [Jesus] para o que era seu, mas os seus não o receberam” (Jo 1.11)
Sofreu e morreu pelo nosso pecado.
“Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus. Ele foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito” (1 Pe 3.18).
Ele foi crucificado
“Quando chegaram ao lugar chamado Caveira, ali o crucificaram com os criminosos, um à sua direita e o outro à sua esquerda. Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”. Então eles dividiram as roupas dele, tirando sortes” (Lc 23.33-34)
Foi sepultado no sepulcro de um homem rico
“Tomando o corpo de Jesus, os dois o envolveram em faixas de linho, juntamente com as especiarias, de acordo com os costumes judaicos de sepultamento. No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim; e no jardim, um sepulcro novo, onde ninguém jamais fora colocado. Por ser o Dia da Preparação para os judeus e visto que o sepulcro ficava perto, colocaram Jesus ali” (Jo 19.40-42)
Ressuscitou dentre os mortos.
“O anjo disse às mulheres: ‘Não tenham medo! Sei que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Venham ver o lugar onde ele jazia. Vão depressa e digam aos discípulos dele: “Ele ressuscitou dentre os mortos e está indo adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês o verão”. Notem que eu já os avisei’” (Mt 28.5-7).
Amigo querido, não procure mais; você encontrou o Messias. Ele é o Único na história que cumpriu estas, e muitas outras profecias messiânicas. Ele deseja ser o seu Messias e Salvador se você se voltar para Ele hoje como Aquele que morreu pelo seu pecado e ressuscitou dentre os mortos.
“… e você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1.21).
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